sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Circunstâncias...

Ousei fazer uma analise a respeito da motivação que levou o paralítico de Betesda (João 5:5 a 7) a  permanecer por tantos anos nas proximidades daquele tanque, onde de tempo em tempo descia um anjo para agitar as águas, e o primeiro enfermo que entrasse no tanque após este movimento ficava totalmente curado. Com certeza os parentes daquele paralítico o levaram até lá e por não saberem quando este fato aconteceria não puderam ficar aguardando com ele. Não sabemos que grau de paralisia aquele homem tinha, no entanto, o versículo 7 relata que ele respondeu a Jesus:__ “enquanto eu vou, desce outro antes de mim”. Sou levada a acreditar que sua paralisia era parcial. Que sua limitação dava-lhe condições de tentar chegar.
Havia ali uma grande multidão. Dá pra imaginar um acampamento montado ao redor do tanque. Pessoas de muitos lugares. Enfermos com as mais distintas enfermidades. Alguns com seus acompanhantes em vigília para que ao mover das águas o seu parente enfermo tivesse uma esperança. Sem dizer que naquele tempo havia uma especulação comercial muito grande ali, por causa do templo e da multidão que era atraída para lá.
Resta saber, será que os que ficam próximo ao tanque estavam pagando por seus lugares vips? Será que havia pessoas ali de melhor posição social aguardando a cura pelo meio mais barato? Os que tinham condições pagavam pessoas para acompanhar seus parentes incapcaitados?
Mas, e o paralítico em questão? Se ao mover das águas ele tentava chegar até o tanque, porque não o fazia nos dias seguintes, já que dispunha de todo o tempo que necessitava para elaborar estratégias a fim de conseguir transpor os obstáculos e se lançar dentro do tanque antes que qualquer outro o fizesse. Quais seriam os maiores obstáculos a serem vencidos? Um de seus defensores me disse ser  grande admirador da persistência daquele homem, afinal de contas esperar por 38 anos, sendo mais um no meio da gigantesca multidão de enfermos, não é para qualquer um, aos nossos olhos era quase que impossível continuar acreditando que um dia ele sairia dali curado.
É claro que, de imediato surgiram opiniões contrárias as minhas, uma vez que meus argumentos evidenciavam as tentativas daquele homem para ser curado.
Outro sugeriu que aquele homem já era um escolhido por Deus para receber a benção, de  forma não convencional. Jesus  antes mesmo de nascer já conhecia a história daquele dele e e passou ali naquela cidade por sua causa. Jesus deixou de entrar pela bela porta do templo em Jerusalém, para entrar pela porta das ovelhas, por causa daquele homem. Jesus tinha um encontro marcado com ele há muito tempo, embora ele não soubesse.
Também, ouvi que a fé daqueles doentes estava no tanque, e foi por isto que o paralítico ao ser questionado por Jesus se queria ficar curado, respondeu: ___( v. 7) “Senhor, não tenho ninguém que, ao ser agitada a água, me ponha no tanque;”. Ele não percebeu que aquele varão que lhe investigava tinha algo especial. Que Jesus se dirigiu a ele por uma razão especifica.
Ainda assim, pondero que faltou alguma coisa para que aquele homem alcançasse seu objetivo. Diante do contexto em que  estava envolvido era ele uma vitima do destino ou um bem aventurado? Ele estava ali abandonado ou  tinha fé suficiente para não abrir mão de tudo e voltar para o aconchego da sua casa?
No entanto, fica claro que Jesus esteve ali por um motivo único e determinado a muito tempo,  manifestar a sua Glória na vida daquele homem especificamente, pois após curá-lo a Bíblia nos relata que  Jesus se retirou por causa da aglomeração de pessoas. Por que  será que Jesus não curou mais ninguém? Por que não conversou mais um pouco com aquele homem? Qual foi o propósito de curar somente ele? A princípio Jesus manifestou-se na vida do paralítico somente para tirá-lo daquela situação. Embora, curado aquele varão não foi imediatamente para casa, mas ficou por ali no templo e novamente se encontrou com Jesus. Desta vez o Senhor lhe dá uma ordem: __ (v. 14) “Olha, já estás curado; não peques mais, para que não te suceda coisa pior”.
Agora sim, seu encontro com o Mestre estava completo. Foi plano de Deus, que aquele homem invalido não se esforçasse tanto quanto eu acredito que poderia para se jogar no tanque e ser curado, sabendo que o ser humano sempre dá seu jeitinho para violar regras, para fazer parcerias, se bem que se tratando de receber algo gratuitamente é cada um por si.
Creio que podemos fazer muito mais do que nos é proposto. Que podemos ir além do que determinamos. Podemos nos esforçar cada dia mais se o nosso objetivo for alcançar a graça de Deus.
Abraços a todos.

Um comentário:

Priscila disse...

A Paz do Senhor Querida!

A muito tempo que não comento nas postagens mas quero dizer que tenho sempre visitado e lido. Você é uma mulher muito sabia nas colocações das palavras e elas tem muito me ajudado.

Continue assim um grande abraço bem apertado.
Saudades