segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Empenho...


Esforço...
Coragem...
Força...
Energia...
Vigor...
Ardor...
Intensidade...
Na realidade qual seria a melhor expressão para intitular esta postagem??
Sou amante das palavras, dos sinônimos, das definições.
E na multidão das letras percorremos distâncias e alcançamos muitos. E neste se aproximar, talvez, levemos curativo, paz, leveza, esperança!!
Cá estou depois de um tempo de silêncio...
O que hoje permeia meu coração é o fato de que não importa quanto tempo fiquemos na caverna, um dia teremos que sair.
E, por mais que do lado de fora gritem por nós proferindo palavras que muitas vezes rasgam nossa alma, esbofeteiam nossos sentidos. Por mais que alguns desistam de ficar ali fora à espera da nossa reação. “Sair é  uma decisão somente nossa”. E esta decisão requer tempo.
Os dias passam... E tudo aquilo que se arraigou dentro de nosso ser, ou ganha mais força ou enfraquece totalmente.
Sei lá!!!! Dentro da caverna você tem tempo pra chorar, gritar, pensar e repensar, analisar, ponderar. Tem tempo pra colar as coisas de novo no lugar.
De lá não vemos como todo mundo vê. Não escutamos o que os outros escutam. Não sentimos as mesmas coisas que as outras pessoas. Talvez, seja por isto que poucos conseguem entender o processo pelo qual  quem está na caverna passa.
É um momento de muita dor. Numa luta constante para permanecer com os olhos abertos, com a mente ativa, com o coração pulsando. No qual os ouvidos não captam com eficácia os sons externos. As narinas não distinguem mais os odores. As mãos já não tateiam. O corpo perde seu sentido.
E, realmente, a janela pela qual olhamos lá de dentro é tão minúscula, tão alta, tão inalcançável, tão irreal.
Mas os dias passam e em nosso interior a fagulha que restou não se apagou. Com o vento que entra pela boca da caverna dia a dia ela vai se reanimando. E o coração, no intimo de nosso ser, torna a se incendiar.
Porém, ao sairmos, saímos cautelosamente. Pois, nada do que foi será novamente como já foi um dia. Uma vez amassada a folha não será mais como era.
Então digo aqui que  é preciso reescrever em cima das marcas que ficaram cravadas em nós. Elas nunca deixaram de existir. Serão como um marco.  No entanto, como diz Augusto Cury, não dá pra apagar o que já foi, mas é possível reeditar.
Levantar é uma decisão nossa.
Prosseguir é um esforço que precisamos fazer.
Mudar de janela, como diz a Daphnne, é uma atitude a ser tomada.
Cada passo que dermos, estaremos nos curando, estaremos caminhando de encontro  a vida.
Por mais que nos amem, irmãos, amigos e tantas outras pessoas... Nunca terão a dimensão do que nos aconteceu, a menos que um dia também estiveram na caverna. No entanto, cada pessoa reage de uma maneira diante das circunstâncias da vida.
Até mesmo na busca de Deus, somos tão individuais. Mas, Deus é único para todos. Dentro ou fora da caverna Ele espera por nós... E sabe muito bem como nos tratar, como reeditar a história que Ele escreveu pra nós. E mesmo que nos pareça ser uma nova história sendo escrita em linhas apagadas, descobriremos que as linhas que tentamos escrever sozinhos não marcaram as linhas pelas quais Deus já havia escrito nossa maravilhosa história.
Abraços!!!!!!