Uma vez, enquanto aguardava minha mãe,
parei em frente a uma loja na avenida mais movimentada do centro de Campinas.
E quando dei por mim estava a observar
os transeuntes, em sua forma física, suas roupas, jeito de andar e falar, o
comportamento de cada um que por ali passava. Analisava cada individuo com ironia.
Ria, criticava, debochava!!!
Dia desses olhei pela janela da galeria
da igreja e notei algumas pessoas em volta de uma caixa que estava encostada
numa árvore no meio da praça.
Vai se saber o que tinha dentro da
caixa. De longe me pareceu que as pessoas estavam indignadas com o conteúdo ali
descoberto. Fiquei intrigada, porém não perdi meu tempo em investigar o
ocorrido.
Então, hoje parei para cogitar sobre o papel
do observador.
Nem sempre quem observa é totalmente
neutro em suas observações.
Julgamos os outros de acordo com aquilo
que acreditamos conhecer. E acreditamos que conhecemos muito sobre tudo e
todos.
Qual não foi minha surpresa quando uma
pessoa me detém para me comunicar que uma conhecida nossa havia tentado suicídio.
Fiquei remoendo a lembrança da última vez que conversamos e isto não fazia
tanto tempo assim. Na verdade, não conhecemos e não sabemos nada a respeito de
ninguém. Achamos muitas vezes que estamos sendo bons, que estamos sendo amigos,
quando na verdade falta algo.
Falta uma sensibilidade maior para
sentir e perceber quando algo não vai bem.
Somos tão superficiais. Tão distantes.
Tão convenientes. Tão cheios de etiquetas. Que não percebemos nada.
Somente se estivermos na total direção
do Espírito Santo seremos capazes de ser tocados e revelados sobre a maneira
como alcançarmos o coração humano. Só através de Deus, poderemos olhar para o
outro e ver além da aparência.
Tenho pensado muito sobre isto. Sobre o que se passa dentro das pessoas que somente Deus conhece mas, que Ele quer nos usar para ajudar seus pequeninos.
Pense nisto!!!!
Abraços!
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