Sobre a roda a "argila" descansa sem saber ao certo o que vai acontecer...
Talvez, enquanto espera passe por sua cabeça milhões de pensamentos...
O que será que o oleiro tem em mente? Qual será o seu projeto para aquele pedaço de argila em especial. O resultado final vai satisfazer os sonhos do pedaço de barro?
De repente, eis que Ele surge com seu avental e senta-se em frente a roda. Quando a roda começa a girar a argila já não tem mais noção do tempo ou nem de que maneira está sendo moldada.
Será que o oleiro assobia tranqüilo enquanto sua mão dá forma ao pedaço de argila?
Seu trabalho, tanto por fora quanto por dentro daquele barro, trará a existência um projeto que já estava em seu coração ou aquela será uma criação espontânea?
O barro se pergunta se cada movimento vai torná-lo pelo menos um pouco parecido com a imagem que projetava de si mesmo. No entanto, sabe que o oleiro sendo especialista em criar esculturas, realiza obras brilhantes.
Todo o manejo, o girar da roda, o tempo, a espera, envolve a argila num clima de espera que parece não ter mais fim. Ela sofre, geme, espera. Quando o trabalho parece estar chegando ao fim, ainda falta o forno. Porque se a obra não passar pelo fogo não subsistirá.
É inacreditável imaginar que depois de todo processo: ser amassada, moldada, ficar girando em cima daquela roda fria, agora a argila precise ir ao fogo. O fogo lhe dará firmeza, vai transformar suas fibras em algo mais resistente. Porém, a argila geme com o calor das chamas. Mas, tenta compreender de que alguma forma o fogo lhe faz bem.
Apesar de toda a dor que possa sentir o barro se sente feliz de ter sido tirado do monte de lama e estar sendo utilizado pelo oleiro para uma finalidade maior.
Um comentário:
...Que bom que nós temos em nossas vidas "as digitais" do nosso Oleiro...e podemos descansar , com a certeza de que sempre ELE sabe o que está fazendo!!!
bjs minha flormiga.
te amo!
Rô
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